A aplicação de ozônio em equinos tem despertado crescente interesse na comunidade veterinária devido aos potenciais benefícios terapêuticos associados a essa técnica. O ozônio, uma forma triatômica de oxigênio, possui propriedades antibacterianas, anti-inflamatórias e de estímulo à circulação sanguínea. Este texto explorará as diversas técnicas de aplicação de ozônio em equinos, examinando os procedimentos, os possíveis benefícios para a saúde equina e as considerações práticas associadas a essa modalidade terapêutica. Ao compreender as diferentes abordagens de administração de ozônio em equinos, os profissionais da área poderão avaliar seu potencial impacto na promoção da saúde e no tratamento de condições específicas em cavalos.
Cupping: técnica muito utilizada na ozonioterapia em tratamentos localizados. Essa técnica pode ser utilizada para tratar ferimentos, infecções, uso em pavilhão auricular, entre outros. Nesta técnica utiliza-se ventosas para aplicação de ozônio em determinadas áreas. Neste procedimento as ventosas não são utilizadas para gerar vácuo, e sim para delimitar o gás naquela região de tratamento. Recomenda-se umedecer com água limpa a região onde a ventosa ficará posicionada, antes da aplicação, evitando que o gás extravase para o ambiente.
Bagging: A técnica de Bagging é extremamente valiosa para tratamento de feridas e dermatopatias por exemplo. Consiste na aplicação continua de Ozônio através de um saco que irá envolver toda a região a ser tratada, vedando as margens para não haver fuga do gás. Sua ação está relacionada com o contato das moléculas de ozônio com a superfície a ser tratada. É uma técnica não invasiva, com o principal objetivo de cicatrização e diminuição de patógenos que estejam na superfície da pele e/ou feridas. O material utilizado para técnica, deverá ser resistência e com compatibilidade de nível A ou B para o gás ozônio.
Intracavitárias: Esse modo de aplicação é utilizado para tratamento em cavidades no geral. Em Equinos o mais utilizado é a Insuflação Retal. Com a mangueira siliconada ligada direto no Allos Vet à uma sonda uretral descartável, inserida no reto do animal. Insuflando o gás nas doses e concentrações pré-setadas no Allos Vet de acordo com o objetivo terapêutico do profissional. É uma aplicação sistêmica, e tem como benefícios melhoria na circulação sanguínea, efeito anti-inflamatório, estimulo do sistema imunológico.
Ozonização de água: Este protocolo permite a ozonização de água para diversas utilizações, como limpeza de feridas por exemplo. É aconselhável que esse procedimento seja feito sempre no recipiente adequado, como Frasco Borbulhar ou Frasco Mariotte. E a água utilizada deve ser sempre bidestilada.
- Com a mangueiras de abastecimento (azul) conectada à saída de O³ do equipamento e a entrada de gás do frasco e mangueira de drenagem conectada ao catalizador externo e a saída de gás do frasco, selecione o protocolo desejado ou programe de acordo com seu objetivo terapêutico;
- Abasteça o frasco com água bidestilada e feche-o, garante que toda a pedra porosa esteja recoberta de água;
- Inicie a terapia acionando o botão AUTOFILL;
- Ao final da terapia ocorre a contagem regressiva do tempo levando em consideração o tempo médio de meia vida da água ozonizada;
- Ao final do tempo é possível reiniciar o processo de ozonização a fim de manter as concentrações de saturação da água
Auto-hemoterapia Maior Ozonizada: Consiste na retirada do sangue, com uma seringa com ozônio, e reaplicação do sangue ozonizado por via intramuscular. A aplicação sistêmica traz benefícios como na circulação sanguínea, efeito anti-inflamatório, estimulo do sistema imunológico.
Auto-hemoterapia Menor Ozonizada: É bem parecido com a Maior, porém o sangue ozonizado é reaplicado intravenoso. Traz os mesmos benefícios também, mas com resultados mais rápidos.
Essas são as principais técnicas de aplicação de ozônio com o Allos Vet. Vale ressaltar que para realização correta das técnicas é preciso que o profissional tenha especialização e conhecimento prático da área.
Eliabe de Jesus
HTM VET