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Ultrassom em tendinite equina

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A prática de esportes equestres exige do atleta um excelente desempenho e preparo físico, o que pode, na falta desses, ocasionar o aparecimento de lesões severas, sendo muitas vezes de difícil diagnóstico e tratamento.

Dentre as principais lesões existentes em atletas, destaca-se a tendinite, uma importante afecção que danifica física, e de forma degenerativa, os tendões de membros posteriores e/ou membros inferiores do animal.

Ocasionada por um esforço exagerado de extensão, devido a uma sobrecarga, gera uma distensão das fibras, com o deslizamento fibrilar, quebra da reticulação, ruptura fibrilar, e também a ruptura de toda estrutura do tendão, sendo muito dolorosa. (ORTVED, 2018).

Estudos de Sousa et al. (2018) constataram que equinos de corrida tem maior prevalência de tendinite em comparação aos demais, uma vez que a exigência da musculatura é maior. Sendo os membros torácicos os mais acometidos, devido ao sustento de grande parte do peso e ao impacto durante as corridas e saltos (PEDROSO et al., 2021)

O cavalo desenvolve a inflamação, podendo afetar vários tendões no mesmo membro do animal, como os tendões flexores, extensores, entre outros, podendo ser de duas formas: lesão singular, onde um fato específico gera a inflamação no local, como exemplo o trauma; e lesão contínua, a qual ocorre um processo de micro lesões em um tempo maior, causando a tendinite (MACHADO; CAMPEBELL, 2015).

A claudicação é um dos sinais clínicos marcantes da tendinite, mas não é obrigatório, além disso pode-se observar edema, aumento de temperatura e sensibilidade ao toque, e para um diagnóstico adequado inclui-se anamnese completa, exames físicos e exames complementares, como os exames de radiografia, ultrassonografia, bloqueio perineural e termografia.

Com a evolução da medicina equina, diferentes técnicas de tratamento surgiram. Com o objetivo de reabilitar o animal, o tratamento da tendinite equina geralmente envolve repouso, exercícios excêntricos, alongamentos, fisioterapia, tratamento medicamentoso a base de anti-inflamatórios e analgésicos, em alguns casos, cirurgia, permitindo assim uma carreira atlética mais longa e promissora.

A fisioterapia pode incluir técnicas como a aplicação de compressas de gelo e calor, massagem, exercícios controlados, crioterapias, ondas de choque, laserterapia, bem como o uso de ultrassom terapêutico para promover a recuperação dos tendões.

O ultrassom terapêutico de baixa frequência, acima de 2000 Hz, pode ser usado como parte do tratamento pois penetra os tecidos adjacentes, aquecendo os tecidos profundos, aumentando o fluxo sanguíneo, aumentando a oxigenação e a consequente promoção da cicatrização dos mesmos. Além de melhorar a alívio da dor aguda e crônica, reduzir inflamações e edemas e até mesmo a promovendo a consolidação óssea. Além disso, o fato de ser uma terapia não invasiva, o uso de sedativos é dispensável, sendo assim, a aceitação pelos animais é boa. Para uma boa prática de aplicação, recomenda-se a tricotomia da região e o uso de gel a base de água, facilitando o contato entre a pele e o transdutor.

Para a melhor liberação dos fatores de crescimento, recomenda-se o uso durante a fase proliferativa da cicatrização, e na fase de remodelação, ideal para aumento de resistência à tração do colágeno, melhorando dessa forma a orientação de fibras (GOODRICH, 2020).

Para processos crônicos, recomenda-se o uso em modo contínuo, pois ocorre uma promoção de efeito térmico por meio das vibrações de moléculas. Já para processos agudos e subagudos, recomenda-se o modo pulsado, uma vez que esse promove a proliferação de fibroblastos, osteoblastos e monócitos, além de angiogênese e deposição de colágeno (ALLGAYER, 2020).

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Referências bibliográficas

ALLGAYER, M. I. G. F. Ultrassom terapêutico. Revista Mais Equina, v. 14, n. 92, p. 36- 38, 2020

KOCH, D.W; GOODRICH, L.R. Principles of therapy for lameness. In: BAXTER, G.M. Manual of equine lameness. 7ed. Iowa: Wiley Blackwell, 2020. p. 881-883

MACHADO, E. C.; CAMPEBELL, R. C. Tendinite do flexor digital superficial em equinos: tratamento com plasma rico em plaquetas, v. 2, n. 1, 2015.

ORTVED, K. F. Regenerative Medicine and Rehabilitation for Tendinous and Ligamentous Injuries in Sport Horses. Vet Clin North Am Equine Pract, v. 34, n. 2, p. 359-373, 2018.

PEDROSO, N. B; MAPELE, R. O; SIQUEIRA, I. V; CAPUTO; J. T; ROSA, M. C. B. Tendinite em equinos – aspectos anatômico, fisiológicos e terapêuticos. Enciclopédia biosfera. v.18, n. 36, p. 328. Doi: 10.18677/EnciBio_2021B23

SOUSA, N.R; LUNA, S.P.L.; PUZZIGATTI, D.; MARTINS, M.T.A; POSSEBON, F.S.; AGUIAR, A.C.S. Relação do tipo e local de lesões ortopédicas com a atividade física em equinos. O Ciência Rural, v. 47, n. 2, 2017. Doi: 10.1590/0103-8478cr20151218

Isabela Pagnan
Analista comercial – HTM VET

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